SONHOS DE PEDRA

Pôr no travesseiro a cabeça intacta

Perante os torvelinhos da vida moderna

É obra de arte que põe em alerta

Mistérios esdrúxulos que sempre maltratam.

O homem sobrevive na selva de pedra,

Compartilha o sono com angústias do mundo,

Os sonhos não são fantasias, são vagabundos

Que transformam realidade em campos de guerra.

Dormir é paradoxo da existência aflita,

Na verdade ninguém dorme, mas se agita

E se contrai enfermidades do efêmero fim...

A vigília é o repouso que o viver imputa,

Barbáries assinalam o caráter de uma conduta

Que lava o solo onde descansavam os querubins!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 17/07/2018
Código do texto: T6392963
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