ÚLTIMO CALENDÁRIO

O mês de dezembro melhorou novembro

e o janeiro que vem

será melhor do que dezembro.

Todos os janeiros sempre valem,

embora os fevereiros

renovem os verões.

E quando chegarmos a março,

o março comovente,

dispensa contar o tempo

em meses, anos ou semoventes,

pois a vida está em um plenário,

onde brota o mês de abril

que se estende em juras,

em juras e malícias.

Sempre agradeça abril,

pois algo brilha.

Brilha o maio emancipador

para esquecer o não efetivo,

o que não é rosto de mãe.

E somente maio,

de olhos afirmativos,

preparam junho data de santo.

de tanta festa até festejar agosto,

sempre o melhor agosto de todos,

mesmo com as perdas.

Perdas não criam homens de gelo

porque vemos um setembro primaveras

quando crianças correm

porque merecem as cerejas do bolo

e os ipês amarelos.

Outubro então se torna essencial.

Você quer sorrir e sorri

e novembro vai se abrindo.

Nada mais é frívolo

ou tudo tem valor

quando então se aproxima

o intenso mês do natal.

Se pudéssemos dar as mãos,

ao sentir as possibilidades?

Elza Viana Araujo
Enviado por Elza Viana Araujo em 03/08/2018
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