MEU TEMPO SURREAL

Não tenho ventos para culpar os amores que perdi,

Pois ninguém os roubou de mim, perdi mesmo!

Vivi o tempo que precisei,

Amei o bastante que pude,

Não me vou culpar dos catos que não reguei, e deles grudei-me dalguns espinhos,

Conheci pássaros que sabiam nadar,

E tubarões que corriam melhor que qualquer chita

Voei ao lado de jacarés do céu,

Mas minhas asas pertenciam mesmo á terra!

Se nalgumas das curvas que dei nessa estrada de desencontros de gerações, atropelei alguém, perdoem-me; não sabia conduzir quando precisei,

Cativei meus pensamentos em Guantánamos mais surreais que pensamentos de Goh,

Nem Salvador podia sair D'ali

Agora

Que já não tenho inocência nos dedos nem nestes olhos secos meus, venho cantar com pincéis de canção

As guerras que precisavam ser pintadas faz mil tempos.

Já não há quem cante como Da Vince,

Já não há quem pinte como Mandela e Luther King

Nem sequer Pessoa restou para nos convidar para uma bela tabacaria,

E eu distraído a porta da minha cubata,

Vejo estrelas nadando na imensidão da minha estrada de ideias cadentes!

Se filho de peixe peixinho é,

Então vou ser um tubarão atrevido nesta

pradaria de flores azuis,

E vou escrever tudo que der e vier!

E se alguém quiser saber de qual metáfora se tratou aqui,

Que pergunte ao Raul Seixas

quantos anos ele tinha, quando

10 mil anos atrás ele nasceu!

Luanda 03h26pm

15 de Agosto de 2018

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Lord Salvador O Welwiano
Enviado por Lord Salvador O Welwiano em 19/08/2018
Código do texto: T6423938
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