A vida de que não se espera

Tenho colecionado formas ritmos de alma

E de coração tenho aprendido a desconfiar

A pensar com minhas próprias pernas

A sentir a pulsação do chão que quer me engolir

Mas não permito ser devorado

Se for para me devorar que seja de retórica

Que seja de fidalguia, não mais

De discursos retos de demagogia

Não tente me despedaçar

Dos cacos que espalho

Juntar já não dá

Não me espere quieto

Aprendi a revidar teus melindres

De sopapos que dás alma alvitre

Esperas e verás meus sonhos

Passando por ti de maneira atroz

J Carlos
Enviado por J Carlos em 24/08/2018
Reeditado em 24/08/2018
Código do texto: T6429228
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