Tempos de vir

As urgências já não me devoram.

Finjo não reparar.

Conheço a voz da que fala.

Seus olhos são rasos.

Desvirtuam dor em promessas.

Mudo rotas.

Afronto os portais.

Caio em mim mesma.

Figuras outras.

Mesmo gosto... amargura...

Diluo falácias.

Perco a sensatez.

Faço casas de amor.

Silêncio oportuno.

Iminências do então.

Folgo o passo.

Aguardo vertigens.

Quero outras em tempos de vir.

Outras faces e vozes de mim.

Tempo do tempo.

Da espera.

Começo e fim...

Marii Andrade
Enviado por Marii Andrade em 05/09/2018
Código do texto: T6439940
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