SENSORES DOS SENSOS
Nestes dias o mundo que é sensorial,
procura sentir, com sentido,
tocando e experimentando,
procurando novas direções,
que indiquem um senso;
que não precisa ser comum,
mas que dê razão,
aos que se fazem sensitivos.
Procurando nexo,
condenam fundamentos;
tornando-se delicados;
suscetíveis de juízo;
anseiam novos rumos,
onde o importante é o empírico.
entre o coerente e o lógico:
que importa se somos de exatas ou humanas,
se o importante não é ter discernimento,
mas achar o caminho?
Se vivendo na terra sentiremos o céu,
ou estando nas nuvens pisamos o chão;
quem se preocuparia com o certo,
ou que errado está em questão?
Procuramos pelos sensores,
os sinais do entendimento,
com luzes piscantes de fundo
neste escuro desentendimento.
Ofuscamos os mesmos critério
buscando aludir os mistérios;
cantamos razoáveis o hino;
dos iguais que perderam o tino.
Queremos chegar num lugar comum,
mas não compartilhamos as mesmas estradas;
queremos chegar num fim,
mas não nos suportamos na caminhada.
Imaginamos que existe um destino,
onde o lindo é perceptível,
caminhamos de olhos fechados,
crescemos cegos já desde meninos.