Ser ou esquecer?
O errado eterno praticado
é o certo por vício da vez?
E o certo que jaz esquecido
faz-se errado que remoto desfez?
E o brilhante hoje coroado
é o perfeito que sempre se quis?
Ou o lodento de ontem errante
é o erro novo que hoje refiz?
A pior conduta que eu disfarcei
se torna certa porque ninguém viu?
Ou a verdade é absoluta
e é melhor mesmo se não existiu?