Melancolia

Alguém... Quiçá seja

Eu, tu, ele,

Nós, vós... Eles.

Arguiu-se de coragem e olhou para

Dentro.

Fulminantemente atravessou o

Lado de lá, sem pensar no de cá.

Vilipendiou-se a tal ponto de deglutir

O fato de não ser nada além de:

Taciturnidade

Misantropia, um

Sentimento que vaga, uma doce tristeza.

Eles, vós, nós...

Ele, tu... Eu. Existimos?

Algo deprimiu esta coisa, este ser.

O doutor afirma que é grave, a inspiração dita poesia

A ciência o trata de louco,

Voraz nas afirmações que nada acrescentam

A este vácuo perdido no olhar daquele

Que quer encontrar-se... Quem sou?

O que tu és? Debruçado permanece atônito sobre os

Seus joelhos trépidos.

Este estado de inércia lhe decepa o colo.

Voracidade a parte: esta coisa, aquele ser se alçou,

Desenvergou-se para a lida... A vida,

Deleitou-se e não quis sucumbir-se ao alento.

Revigorou-se para o hoje e isto

É fato,

Suas narinas foram permeadas de O2.

Argila, ar e água.

Sois assim... É pó... Imagem,

Semelhança que conspira num universo

Infinitamente grande.

Quando a criatura se assustou com o barulho do celular:

Já era segunda e a lida

Recomeçava.

É semana. Aff!

Precisas labutar... Que pesadelo.

Eugênio.

20/09/2018

Eugênio Costa Mimoso
Enviado por Eugênio Costa Mimoso em 20/09/2018
Código do texto: T6454468
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.