Alma, um terreno delicado

Batemos o ponto no dia a dia

Não perdemos as classes

De enfeitarmos os sorrisos

Com detalhes de empatia

Junto com a base

Disfarçamos a nostalgia

Para que a alma não se sinta vazia

Não disponibilizamos nossos corações

Em balcão de atendimento

Não vendemos expectativas

Por medos de vulneráveis sentimentos

Que não passam de um dia

Não suportamos preencher a alma

Com vagas já ocupadas

Por sonhos incertos

Que só alimentam nosso ego

De sentimentos incompletos

E deixamos a grama se perder

Dentro de um vaso no vazio

Por medo dos descontentamentos

Que nos intervalos das vidas

Um dia existiu

De repente percebermos

Que desbravar uma alma

É como pisar em ovos

De pensamentos indefesos

Dentro de uma caixa vulnerável

Onde se guardam os nossos segredos

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 17/11/2018
Reeditado em 17/11/2018
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