Meu clima!

Tomarei as decisões do tempo,

amarei sem fim

o que tiver finitude

e atiçar meu olfato de gente,

a coragem de bicho civilizado,

o despertar de profundos sonos.

De que fui feito?

de cordas e bambus celestiais

ou da alcachofra da terra?

Do musgo de marte!

Venero o lixo desta civilização

e apanho com os pés o que me enche as mãos,

mas jamais o coração e a alma.

Para sobreviver, terei que amar muito mais,

assustar qualquer solidão,

estirar os braços sem as mãos...

para não ser amarrado em outros desiguais abraços.

Este mundo não é o meu!

Sofro ao acolhê-lo

porque por deszelo, o habito cheio de mistérios,

no bojo das intemporais misérias,

no fluxo das mais miseráveis tempestades

das involuções humanas.