Meu Cabelo

Eu vejo branco, eu vejo negro

Eu vejo corpo de tudo que é jeito

Eu vejo novo, eu vejo velho

Mas o que veem é o meu cabelo

Vejo problema, vejo encrenca

Vejo baixaria e discussão

Vejo intriga, vejo falta de união

Mas o meu cabelo é a atenção

Eu vejo ideias, vejo novidade

Vejo todo mundo querendo lugar de destaque

Vejo hipocrisia nesse turbilhão

Mas o que enxergam? “Olha o cabelão”

Eu vejo mortos, andando com os vivos

Eu vejo gente que não conhece ninguém

Eu vejo sempre alguém sofrendo

Mas meu penteado é o que está valendo

Eu vejo sonhos e desejos

Sendo pisoteados em nomes vãos

Eu vejo guerra e vejo desavenças

Mas o importante? Não tá no alto não

Eu vejo vidas, pessoas

Eu vejo tanta coisa que não queria não

Eu vejo falas, opinião

Que não me serve nem como pente na mão

Mas por que vejo tudo isso?

Por que é tão difícil não ser da multidão?

Por que é que sempre haverá intriga

Quando alguém foge de qualquer padrão?

Eu vejo muito, eu vejo mais

Só que eu não quero ver mais nada não

Eu só quero que vocês entendam

O meu cabelo não lhes diz respeito não

Eu vejo a coroa que quero criar

E vejo como quero deixar

Então no final das contas

Meu cabelo eu quem decido

Como ficará!

Maicon Lopes
Enviado por Maicon Lopes em 27/01/2019
Código do texto: T6561082
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