Carcereiro

A minha prisão como liberdade para ti funciona

cada vez que me calo mais percebo ser do seu agrado,

você sorri feliz de si mesmo e não percebe a forma como me decepciona,

cada vez fica mais difícil abrir os olhos e vê-lo ao meu lado.

O meu silencio é preenchido por seu monologo de narciso,

de modo que a sua figura me causa uma profunda repulsa,

você insiste mas, não consegue ser o que eu preciso,

pois enquanto eu falo de carinho você só liga para o que entre suas pernas pulsa.

Não sou um ser inferior então por que preciso de permissão ?

você dita como minha vida deve ser, até mesmo os meus gostos

cada vez que você tenta me proteger mais pesada eu sinto a sua mão,

a vergonha consiste em você, mas por quê sou eu que escondo meu rosto ?

Estou presa em mim, com você como algoz e "companheiro"

entretanto do silencio eu já me vejo farta e cansada,

eu vim para este mundo para ter  um amor, não um carcereiro 

deixar você então é o primeiro passo para mostrar que por mim mesma sou amada.

Samanta Zubinha
Enviado por Samanta Zubinha em 09/02/2019
Reeditado em 19/05/2019
Código do texto: T6570596
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