Automático

Vive-se no automático,

tornam-se os dias psicossomáticos.

Aos olhos, números e só,

na garganta surge um nó.

Bagunçada fica a mente,

esquece-se do que sente.

Temporariamente perdido,

o indivíduo e o sentido.

O sentido da vida e do viver,

de mais um límpido amanhecer.

O tempo bom parece ir,

prontamente, a vontade é de desistir.

Não precisa terminar assim,

este ciclo tem mais de um fim.