O TRATADO

Nenhuma relva revolvo.

Balanços de galhos me são agora

Quimeras. Olho um céu de corvo,

Um cinza me decora.

Há um tratado erguido

Entre o que sou e pudera ter sido.

A porta batia tonitruante,

Imponho-me os agoras sem os antes.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 04/05/2019
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