Rio de Brejeiro

Não tenho peito de aço

Não consigo seguir assim

Nesse mar de violência

Nessa guerra urbana sem fim

Silenciosamente definho

Aos poucos me afogo na dor

Nas margens de mais cadáveres mortos

A calamidade tomou conta, virou um enorme torpor

Todos os jornais narram

Basta em algum deles vc ligar

Sua TV, seja manhã, tarde ou noite

Por bárbaras notícias eles vão lhe reverberar

Adocicado, futuro para as crianças

Quero isso pra você e pra mim

Será que desse buraco um dia sairemos?

O que será de você, das crianças e de mim?