ESTRELAS BENFAZEJAS

O tempo passou

E eu não percebi;

Dele o que me restou

Foi um punhado de alegrias

Que iluminaram a minha história

Nos passos cadenciados dos dias,

Tudo o que de melhor vivi,

Momentos que guardo na lembrança.

Quanto aos instantes de sofrimento,

Deixei todos no esquife do passado,

Devidamente velados e sepultados

Para sempre no jazigo da memória.

Hoje vivo longos dias de alumbramento

Sob um céu coberto de nuvens carregadas de esperança.

Não me fujam nunca do meu luzente firmamento

A fé no presente e a crença no futuro,

Estrelas benfazejas, que juntas, são todo o meu sustento;

Se acaso eu perdê-las, com certeza terei perdido tudo.

Por todas as portas que me foram abertas,

Agradeço à vida pela oportunidade da nova descoberta

E pela possibilidade gratificante do sorriso largo

Que no semblante da alma até hoje trago.

Mesmo amargando a dor dos espinhos,

Decerto ela me fez também muitos carinhos.

Nestes versos que agora proponho,

Depositei um pouco do que ainda

Insiste em habitar dentro de mim:

Alguma rima, alguma ilusão, algum sonho,

Algum poema que à saúde da vida brinda

E que há de brindá-la amiúde até o fim.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 05/10/2019
Código do texto: T6761608
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