O primeiro niilista creu

Creu primeiro na paixão, que até se via em seu cartão postal,

Oh, pernas longas, fortes e bonitas, me aqueço em ti,

Por enquanto estou despertado por teu sorriso, ele parece como “lã de ovelha” bem tratada,

És forte ‘Quedarita’, és minha.

Negro, negro, negro é a beleza da minha admiração,

Seu coração é paixão,

Se entregou a mim, à minha realização.

Me encontrei então com tão esperado Dom, a Sabedoria me fez despertar questões humanas que precisei justificar.

Do trabalho percebi a sobrevivência, no entanto ele que retira de mim amor, me crava na pele pavor.

É tudo tão transitório e paliativo esse tal de prazer, me parece até que nada faz sentido, tudo é “bolha de sabão”!

Perdi tudo no tempo, trabalhei, e me cansei, ajuntei, mas não aproveitei, eu tinha tudo, mas me foi usurpado, sou sábio, mas até fome já passei.

Nada faz sentido, tudo é “bolha de sabão”, até acordar e perceber que Deus é a razão.

Aprendi olhando o vento correr, que certamente irei morrer,

Assim lancei sementes no rio do tempo,

Senhor chronos me disse que ele tem data e hora para tudo,

Parece até conversa de pescador vagabundo,

Mas nas veredas do “nada sei” conheci Aquele que tem o pó como objeto inteligente,

Me faço em provérbios gentis para vocês,

Que conheçam seu Arquiteto mais inteligente, que a Sabedoria seja seu Dom mais apreciado, que se dêem as delícias da vida, mas procurem aprender a Verdade, para que não sejam amargos no desfrutar do tempo.

Que a Sabedoria alcancem vocês, que as palavras consumidas sejam regalos, aproveitem o tempo ele corre como vento.

Baseado em três livros de Salomão, Cantares ou Cânticos, Provérbios e Eclesiastes.