A Embriaguez do Avesso.
Procuro no escuro dos dias meus
Teu riso frouxo, cheio de meninices
Sinto o suave abraço e perfume - teus
Antes meu coração me traisse, não sentisse!
Visto de chuva mansa meus dias,
O gotejar me acalma, e então...
Posso sentir minhas alegrias
Vivas em teus brilhantes olhos de verão
Meus dias lentos, feito estes versos,
Tropeçam e choram
Bêbados no tempo e na distância
N'uma luta atroz, resistem despertos
Frios da ausência perturbam a noite
Mas de dia renascem insistentes
Como o brilho da vida que ri do açoite
Na tez bonita do escravo sobrevivente.