Mãe de cinco

Apenas três ...outros dois ....retirados do paraíso pela natureza....

O último filho o sonho de uma vida inteira, concebido do encontro de duas almas gemeas na plenitude total do carinho

Fruto de um amor há muito tempo sonhado em versos e prosas

Mas este perdeu-se no tempo das novas idéias, na ampulheta dos dias

Trazendo notícias inesperadas, confusas nos grãos de areia

Foi expulso dos sonhos, rejeitado, entregue a aquele lugar o qual veio, o inexistir humano, a dúvida de onde viemos e para onde vamos.

Lá ele mora agora, no vazio do existir humano

Deixando sua mãe só com a sua presença corporal, física de alguns dias em que esteve para visita-la, conhece-la

Breve presença que a faz pensar que sonho nem sempre é realidade,

pois a mesma é cruel com a vida, é dona de todos nós,

Arranca simplesmente o quinto filho com seu sonho de amor

decidi, acha os caminhos sem perguntar o que queremos

Não nos da a chance de escolher a hora em qual grão chegar aqui

Por isto

Dorme neném que a natureza de ti cuida agora

e de mim agora’ só cuidarei eu’

Vai meu Filho da poesia

, sonho bom de uma poetisa

E segue os passos misteriosos da ampulheta do tempo

Vai meu anjo desconhecido

Espera por mim

Tua mãe continuara a seguir os passos,

embalar-te na lembrança,

ninar-te na continuação dos sonhos,

seguir estes caminhos

escritos por quem?

Estabelecidos nesta linha incontínua da razão e da emoção

De estar e ir ate o último grão cair"