DO ESPÍRITO DAS COISAS

Me aferro à ferrovia ...

A ferros via

O aferroar !

Águas ferruginosas

No gineceu :

Anginas, Deus ...

Meu androceu infere nada

Das serenatas garoas

De brumas consumadas,

Cujos pisos, quem encerou-as ?

Outrem ... louco motivo

A trilhar pino a pino

Sem cravos, sem crivos,

Escravo aos destinos.

E zune aos céus; zangado

Atravesso o ar a nado,

Desarvorado ...

Ferros, genes, Janes,

Ferrugens,ferragens

De toda engrenagem.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 09/02/2020
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