Andarilho Errante
Como um andarilho errante
Saio a perambular pelas ruas do destino
A sentar nas calçadas da vida
E remoer minhas alegrias e tristezas
Atormentado pelos meus fantasmas
Do passado, do presente e do futuro
Ainda por vir,
Que, iguais a vulcões adormecidos,
Acordam e se levantam dentro de mim
Começam a me atormentar
E com as bocas escancaradas
Cheias de dentes imundos
Iniciam o ritual macabro
O banquete sinistro de me devorar
A me remoer
Até me reduzir a nada...
Mas, igual a uma fênix,
Renasço das cinzas
E como um andarilho errante
Insisto a perambular
Pelas ruas do destino
E a sentar
Nas calçadas da vida
Como um andarilho errante...