Ela

Ela se olha e se questiona,

Ela se inventa e se reinventa quantas vezes for preciso,

Ela pensa se agrada ou se desagrada o outro, mas enxerga que quando foca em agradar o outro implica em se desagradar,

Quantos tombos existenciais foram necessários para aprender isso? Só ela sabe,

Ela se olha e enxerga força, uma força que não sabia que existia.

Quantos tombos existenciais foram necessários para enxergar isso?

Só ela sabe,

Ela olha para as estrelas como quem olha para centenas de universos e possibilidades,

Ela olha para a fila do pão e vê que nestas pessoas moram céu e inferno particular,

Ela vai na academia e exercita um corpo composto além da carne, a sua morada,

Quantos "elas" entraram em definição, sem enxergar a profundidade de seu ser?

Só ela sabe do quanto leu e deu voz aos "elas",

e só ela soube calá-los.

Aqui há voz às reais definições,

essas, ninguém mais do que ela, sabe.

Illyana Alves de Castelli
Enviado por Illyana Alves de Castelli em 15/03/2020
Código do texto: T6888449
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