Devaneios

A madrugada era insone

Entrei no vestido de flor

Bem ornada pelo tecido,

Usei um decant sensual

D'uma essência travessa

Presos, cabelos rebeldes

No meu reflexo, quereres

E soltas, minhas utopias...

Despi-me do meu degredo

Fiz amor com as palavras

Na cama da minha verdade

Versei prazeres, deliciei-me

E no gozo dessa essência

Essencial - mente minha

Tão lânguida fechei os olhos,

Só e sorrindo, em plenitude...

Não, não quero mais acordar.

Interação de Jacó Filho:

Quando a poesia nos toma,

Por seu amante maior,

Jamais nos sentimos só,

E a dor entra em coma...

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 29/03/2020
Reeditado em 15/04/2020
Código do texto: T6901044
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