Trincheira
Anda a tristeza de passagem
Mas não ligo, nem obedeço
Por temor, não tenho apreço
Salto pedras, empurro troncos
Caminhos agrestes e escarpados
Mais me seduzem a caminhada
(Não há só flores nessa estrada)...
Já tentou a tristeza me abater
Não tombei, nem me permiti
Mesmo dorida, jamais desisti
Na linha de frente, guerreando
Não me quero tola, ora insana,
Antes o agora que o passado
(Espinho que inflama, nó atado).
Vai tristeza, não és bem-vinda!
(Honrada pelas interações)
Querido amigo F. Santos:
Nas trincheiras em que vivo,
nos nós que desato,
das pedras em que salto
já sou professor.
Se a vida é tropeço
eu bem que mereço
carregar esse andor,
entre rosas e espinhos
eu abro caminho,
me jogo pra frente
porque a vida não mente
que é tudo aquarela
eu então não dou trela
e resgato o que é meu.
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Querido Mestre Jacó:
A poesia tem protegido,
Este ser que represento.
Nela faço meu assento,
Para manter-me erguido...