Laços
Difícil abandonar velhos laços
Livrar-se do titereiro que controla seus passos
Escrever sozinho seus próprios traços.
Há conforto na prisão da teia
Em dividir o peso com a mão alheia
Não ser só um apócrifo grão de areia.
Ser mais que que a areia na ampulheta
Aquela bola solitária caída na canaleta
Ter efêmeros e raros brilhos como um cometa.
É preciso, mas não é fácil tomar as rédeas do seu destino
Ser o único responsável por sua sanidade e pelo seu desatino
Crescer é muito bom, mas dói , grita o seu eterno menino.
Que cada ínfimo laço dolorosamente partido
Não seja apenas um caminho abandonado e esquecido
E sim um grande ensinamento, assimilado e aprendido.