Eternidade
Noite silenciosa, clima ameno
Solitário , olhar distante, sereno
Sorvo uma taça do meu próprio veneno.
Brindo a todos meus erros e desenganos
Saúdo a todos meus frustrados planos
Compadeço-me ao meus provocados danos.
Dedico um gole a todos que deixei no caminho
Verto uma lágrima tal qual gota de sangue maculado no espinho
O conteúdo é doce e seco, mortal , mas poderia ser só vinho.
Relembro de todas as escolhas erradas
Das inúmeras tentativas vãs e frustradas
De tantas vazias e desastrosas madrugadas.
Não há retorno, volta ou nova oportunidade
Aos poucos vão se apagando as últimas luzes da cidade
O efeito da bebida começa a agir, lá vou eu rumo a eternidade.