Eternidade

Noite silenciosa, clima ameno

Solitário , olhar distante, sereno

Sorvo uma taça do meu próprio veneno.

Brindo a todos meus erros e desenganos

Saúdo a todos meus frustrados planos

Compadeço-me ao meus provocados danos.

Dedico um gole a todos que deixei no caminho

Verto uma lágrima tal qual gota de sangue maculado no espinho

O conteúdo é doce e seco, mortal , mas poderia ser só vinho.

Relembro de todas as escolhas erradas

Das inúmeras tentativas vãs e frustradas

De tantas vazias e desastrosas madrugadas.

Não há retorno, volta ou nova oportunidade

Aos poucos vão se apagando as últimas luzes da cidade

O efeito da bebida começa a agir, lá vou eu rumo a eternidade.

Ello
Enviado por Ello em 18/06/2020
Código do texto: T6980843
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.