ADVERSATIVOS

Tão nobre e vive a pedir asilo...

O pobre é engolido pelas ondas

Na vida das peripécias redondas

Onde não se sabe o que é aquilo.

Tão rico e sobrevive sem estilo...

O indigente só respira por sondas

Na existência de ações hediondas

Em que a fome mata o desvalido.

Tanta abundância sem um porquê,

É a carência que faz o mundo sofrer

Perante anacronismos coadjuvantes.

Diante duma abastança que é dossiê

Só há bolos com espinhos de glacê

E uma água cheia de anabolizantes!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 14/07/2020
Código do texto: T7006150
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