O HOMEM E A PESTE
 
Diante da  peste que cerca o mundo,
No alvorecer do milênio segundo,
O homem tira o véu da face avara!
Os vis e desumanos pervertidos,
Alinham-se e seguem  conduzidos
Pelos vícios que a vontade escancara!
 
Ímpetos egoístas, interesseiros,
Aportam-lhe na alma...  Mensageiros
Do egoísmo, da cobiça e ciúme!
Não têm ideia do dar sem receber,
E, cegos,  sequer conseguem  entrever
Da luz do amor um pequeno lume!
 
Quando obrigado não consegue ajudar
Sem um  resmungar sem um reclamar...
Cria então o choque da exigência
Para qualquer de seu semelhante,
E,  um novo choque colhe adiante,
Confundindo a própria existência!
 
Com a discórdia sempre entrelaçados,
Perdem-se sem rumo,  desalinhados
Do verdadeiro sentido da vida!
Pobres ignaros  que apenas mentem
Para si próprio e não sentem,
Que é da lei que todo mal retorna em mal!
 
 Nelson De Medeiros
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 29/07/2020
Reeditado em 29/07/2020
Código do texto: T7020155
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