Obtuário dum poeta

Na dança das cores e dos sons da manhã

Tudo se calou por trevas densas...

O silêncio enegrecedor se fez sentir na ausência...

Como o calor aurido do típico tepann

Na angústia de Infessura contrária à versa

Que das danças e sísmicos balanços da típica controvérsia

Se fazia crítico da crítica descabida...

Cínico defensor da vida...

Plácido criador de contendas tão diversas...

Na sua mão direita a pena destra

Na esquerda, o coração pulsante na tatuagem apagada

No “M” que na palma escrita frisava a linha malfadada

Do traço de uma linha mestra e diluída

Marcando a duração da maltratada vida...

Deixa mulher, filhos e herança escrita...

Ninguém tão pessoal, mas ícones das sua fantasia explícita

Na alma que só o poeta tem...

Nas cores que a ele convém

Deixar poesias, para serem vistas...

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 11/08/2020
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