Anverso
Tudo e nada
Se assemelham
No tudo tenho a estrada
No nada, a madrugada
Na encruzilhada, só
Experimento um perigo
Do sabor que é a vida
A refletir sobre o que é
Lançar-se à chuva
Sem guarida
Tudo e nada
Me dissolvem.
Antes que tudo
se esgote
Preciso ser, viver
O grão que rola
Sob a tempestade,
que se nega
a fenecer...