Ouro Velho

Ainda ontem não me sabia

e agora, encanecido,

asas de ouro velho sem rumo,

fumo aonde há pouco ardia a sede.

Vede como me acaba o tempo,

como se apaga a voz,

como o tédio é não sentir diferença,

como morrer é entrar só

onde ninguém antes quis ir.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 24/10/2020
Código do texto: T7095187
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