Então eu continuo meu dia-a-dia
Muitas vezes querendo mudar meu cotidiano
Tentando provar a mim mesma que tenho o controle
O controle da vida, dos dias, das horas, do que fazer...
Ledo engano.
Meu dia-a-dia é viver a vida
O viver e o fazer com afeto
Sem afetar aquilo que já estava escrito nas estrelas
As estrelas com as quais ensaio minhas cenas
Contracenando sempre que me disponho encontrá-las
No escuro do meu quarto,
Nos devaneios das tardes quentes
Tão quentes que nos tornam lentas e preguiçosas
A espreguiçar a sonolência, a indolência...
E a busca do “dolce far niente”
Ciente estou da minha busca
Buscando a vida sempre, o fazer, o etéreo