Mulheres
Deixaram-nas queimando
Julgaram-nas impotentes, escravas, submissas
Bateram, queimaram, abusaram
Ofenderam, xingaram, humilharam
Só não sabiam que apesar de tanto caos
Elas se tornariam o que hoje são
Fortes, donas de si, independentes, guerreiras
Não se prendem mais à padrões sociais
Com a força de suas ancestrais
Reivindicaram direitos, lutaram pelo respeito
Não só de suas opiniões, mas dos próprios corpos
Que absurdo, um direito tão óbvio!
Ficaram frente a frente à opressão
Tornaram-se multidões com uma só voz: libertação!
Renasceram das cinzas, reergueram-se, batalharam
Tiveram medo, receio, enfrentaram ódio e preconceito
Tudo para fazer valer os seus direitos
É incrível tamanha galhardia e intrepidez, dentro do mesmo ser
Conseguiram, conquistaram
Embora ainda existam combates
Muitas batalhas já ganharam
Hoje são vistas, ouvidas, aplaudidas
Por seus méritos, sua mente, sua inteligência, seu ser!
São tantas as possibilidades
De poder fazer o que se quer
Agora seus gritos não são mais abafados
E se em algum lugar ainda forem,
Podem falar, nós vamos ouvir
Cada palavra, de cada mulher.