Só me resta navegar

Como um barco à deriva, desamparada, insegura e aflita.

Como chegar à margem? Fazendo a travessia.

Olho à minha frente, neblina, ao fundo parece miragem, será que me falta coragem?

Não tenho as coordenadas, nem o outro que aponta a direção, está tudo confuso.

Se por acaso perder o rumo? Acho que perdi. Temo que às vezes perdemos as coisas para poder achar.

Como navegar no mar da vida sem afundar?

Remo contra a correnteza, no oceano da incerteza, desejo chegar ao outro lado, ainda assim estarei sossegado?

Em terra seca ou em águas revoltas, sigo sozinha velejando, às vezes sorrindo e outras chorando.

Tenho a sensação que algo está sempre para acontecer.

Agora o mar se acalmou, não durará muito tempo e voltará a se agitar.

Como as ondas, oscilo. Ainda não sei o que perturba todos os dias, preciso navegar para descobrir.

Desejo em um porto atracar, o que será que irei encontrar?

Sinceramente, não sei.

Por enquanto, só me resta navegar.

Jéssica Gualberto
Enviado por Jéssica Gualberto em 24/02/2021
Código do texto: T7192033
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