Sem alarde

Eu risco o meu pulso

Não por impulso, não mais.

Meu coração te procura,

Mas, aqui tu não estais.

O sangue escorre sobre a porcelana

E a água o desmancha.

Como uma pequena névoa carmim,

Ainda não deve ser o fim.

Não sei qual a dor que dói,

Mas, a lâmina me engana.

Tão fria e tão inerte,

Assim como quem diz que me ama.

O conforto vem mais cedo, ou mais tarde

Para alguns cedo, para outros tarde.

Ele vem rasteiro e sem alarde.

A chama se apaga, nada mais arde.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 25/02/2021
Código do texto: T7193068
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.