Sem alarde
Eu risco o meu pulso
Não por impulso, não mais.
Meu coração te procura,
Mas, aqui tu não estais.
O sangue escorre sobre a porcelana
E a água o desmancha.
Como uma pequena névoa carmim,
Ainda não deve ser o fim.
Não sei qual a dor que dói,
Mas, a lâmina me engana.
Tão fria e tão inerte,
Assim como quem diz que me ama.
O conforto vem mais cedo, ou mais tarde
Para alguns cedo, para outros tarde.
Ele vem rasteiro e sem alarde.
A chama se apaga, nada mais arde.