“ SEVERINA SEVERA AGRIPINA “

“ SEVERINA SEVERA AGRIPINA “

Ora pois essa vida Severina severa

Agripina dona do que eu não sei

faz do que fala uma lei que noiz

tem que acatá

Vida brava relva lida traz não só

dor e lágrima sufrida traz

também um bem

pra amar

Dela sei não sou seu dono não fui entregue

a berço de ouro tampouco abandono me

criei pra com meu amô vê minhas cria dois

fio macho e uma fia pru mod eu acarinhá

E cá dispiois de tudo a vida pôs ao lado

otrar vida querendu se aconchegar pra

jogá us trapu fora largá tudi ruim e i

simbora refazê seu caminhá

Cá cumigo penso eu graças ao bom

D’us que esse dom do amor que é

Seu nus prestô um tiquin pra

cuidá dus qui nus manda

Vlha-me me Sinhô que

num deixe faltá u amô

que pra desses

Seus cuidjá

Valha-me D’us

cuida dus Seus

que cá não posso

eu cuidar

Tito Trugilho, 30 de abril de 2021