Metáforas

Sou a centelha ainda acesa

Do incêndio de minh’alma

Que (re)surge

Sem remediar.

Sou o sufixo (des)esperançoso

Incomodado pelo radical

Cuja base voraz

Esmaga minha significação.

Sou o prefixo hermético

Ininterrupto

Imemorável

Incontinente

Alegórico.

Sou a última estrofe

Do poema (in)acabado

Que poderia ter sido

E não foi.

Gi Medeiros
Enviado por Gi Medeiros em 05/06/2021
Código do texto: T7271861
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