FINIS CAUSA, CESSAT EFFECTUS

Quando estive totalmente à disposição do meu próprio (eu) - inferno,
me senti livre-liberto, 
               (coração levemente aberto)
como se fosse colher frutos numa manhã de domingo-inverno, 
à beira d'uma estrada cínica e sinuosa, 
sem carros,
          sem vícios,
                    sem medo ou perspectivas do amanhã...

Foi quando a poesia se prostou do meu lado 
(eu abobalhado),
sorrateiramente sorriu, 
me deu um beijo lascívo-mascavo,
e com seu vestido branco-preto de renda
               (um pouco desgastado ao tempo),
misteriosamente partiu. 

Daí que paixão e lágrimas d'amor tornaram-se pois,
à mim,
um mesmo conceito,
ao que chamo de um sentimento deveras terno,
               (não subalterno)
e que parece nunca chegar ao seu fim.

Busco agora o epílogo,
               (mudar a constância)
meio que sonolento, ao léu,
ao encontro do meu próprio (eu) - céu...


(fim)
 

'Vamos fazer o bem sem olhar a quem. Vamos pedir Felicidade'
 
'Faça o Bem' (Anna Mel e Carlinhos Brow)
https://www.youtube.com/watch?v=KroKdbNQ43Q