JANELA ... OLHANDO O CÉU

pela janela espio

sinto n'alma

um frio

...

olho as plantas todas

estão imóveis

nenhum vento na tarde gelada

...

de repente chega a passarada

...

que alegria!

as avezinhas voam e revoam

parece que ficaram encantadas

com o jardim

o jardim de mamãe

...

é o jardim antigo

o jardim do espelho

é o meu amigo

...

deito os olhos numa rosa vermelha

num colibri

deixo meu olhar ali

e viajo

para o meu tempo da juventude

volto a sentir as dores

sinto em plenitude

naquele tempo eu pensava:

o que não daria para descer ao jardim?

...

o jardim faz parte de todos meus tempos

os tempos das dores

dos amores

das lindas flores

o meu tempo de outrora

o meu tempo de agora

...

ainda cuidamos

do jardim

...

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 01/07/2021
Código do texto: T7290469
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