Acidez humano-vida

Condeno-me à miséria por tamanha ingenuidade

Onde poderia ser qualidade em sentimento,

Mundo afora dilacerado sou

Com poucas forças mantenho-me preso

Temendo novos estragos

Cobras encapuzadas fingem seu próprio coração

Antes acolhido e protegido

Agora em sonho de sangue e lentidão

Que o pulsar de tais demônios cheguem a sua mais pobre frequência

E que ao babar, afogue-se em seu próprio veneno

Pois outrora assumi confiança e irmandade

Com meu lado tolo, crente de superfície nostálgica

Imprópria para tal máscara

Ácido que me corrompe,

Queime estas linhas

Junto aos males de minhas feridas

E me traga cicatrizes visíveis

Mas curadas.