Sabe Laurita!

Sabe Laurita, a poesia

grita

tão alto dentro de mim

que envergonho, do que

vão dizer desse gritar;

mas pasmem, esse grito

interior é inaudível...

Desavergonhado

psicografo

aquilo que, para mim, é

ensurdecedor; socializo

para silenciar

vozes internas.

Elas calam! Por um tempo

calam,

ou, apenas sussurram

palavras ao vento...

Talvez, seja um raro tempo de recolhimento

de sentimentos

que logo voltam

a gritar alto.

E aí, Laurita, a roda

viva poética dá outra

volta... e volto... a

transcrever-me poeta.

Sabe Laurita! Poesia,

grita.