EMERGIR

Depois de mergulhar fundo

Chegar no limite do limbo (de novo!)

Abri os olhos e precisei voltar

Nadei de uma vez pra superfície, sem ar.

Nada mudou, mas eu mudei mais uma vez

Nenhum mergulho é igual

Cada um me afoga um pouco mais

Pra depois soprar ar nos meus pulmões.

Lá embaixo tem uma frieza que me abraça

Mas, nem sempre aguenta a frieza que eu emano

Quando começa a congelar, me solta

Me manda de volta pro mar.

E o mar sussura: "Volta,

volta pro teu lugar!

Uma luz acende no meu peito,

começa a irradiar

Tomando conta do corpo que estava a expirar.

E volto quente, ardente

Solto fogo igual vulcão

Pronta de novo pro fight

Faço da calda, minhas asas

Já viu sereia voar?

Canto

Nado no mar e danço no ar

Intensa das profundezas às margens

Estou voltando pra casa outra vez!

Aline Alves
Enviado por Aline Alves em 11/11/2021
Código do texto: T7383187
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