Morte ao monstro que saliva

Deveras, a face do monstro é branda

O carisma é certo e infalível

Arrastando os incautos à guarida e aos sentimentos fálicos

Desejando a espúria da alma, ao aviltamento da inocência

Sem condolência...

Sem piedade, sem critérios!

Efêmeros sentimentos esquizofrênicos e impuros...

Deveras, a face do monstro é afável...

Com olhos doces e mandíbulas dilacerantes...

Ao mesmo tempo que cativa seus golpes delirantes causam dor...

Mas justifica-se pelo sentido amor...

Se completam pelos momentos de carinho...

A dor imposta na ausência de um futuro descaminho

É justificativa pura para o julgamento sem sentido...

O Monstro é nada mais que o único amigo...

Aquele que compreende o sofrimento interno e dolorido

Que sabe a dor de se ter sentido escondido e sem revelação

De tudo o que causara a forte angústia, a sofreguidão da vida!

Aquele que com sutileza descabida, entende a forma dessa vida

Mas que deve ser punido pelo erro de saber a essência clara

Da alma e da tragédia que se instala na vida da sua pretensa vítima...

Morte ao Monstro que saliva!

Morte a quem ama sem rodeios!

Morte a quem enfrenta a vida e seus devaneios!

Morte ao monstro que saliva!

Ederval Magalhães

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 13/12/2021
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