''Nenhum homem pode ser corajoso que considera a dor o maior mal da vida; nem temperado, que considera o prazer como o mais alto bem''

Não deixarei isto me abater;

Abranda oh tão exasperada alma!

Ingá-água-de-flor de um sentir ignoto,

Opulento e abastardo de um sentir infrutífero.

Oh alma que não cala e não me deixa falar,

Deixe-me para que possa sossegar, ou me

abranja com tua abissínia angústia da abnegação

e felicidade da concretização no expressar-se.

Fadiga destes sucessivos afã de ser no não-ser,

Ou esse em tão metafísico;

Apego para um não aferro, um hábito de fuga e encontro.

Espanto, apreensão, ou temor?

Quando virá o tão esperado albor?

Não há alegoria, apólogo, fábula, ou parábola

que faça deste absinto desnecessário;

Que algoz álgido este amor algures.

Não quero coligar, ajuizado é aquele que com parcos

laços se encontra em alacridade _ homem virtuoso _.

Que desígnio é este que provém do alvedrio?

Cândido que não enxergo!

Amigar-se a mim? Me excomungaste como um cão

por pensar com o coração, então, afaste-se!

Theo De Vries
Enviado por Theo De Vries em 19/12/2021
Reeditado em 19/12/2021
Código do texto: T7410748
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