Confusão: Nostalgia e Memórias
Não sei se em mim confio
Não confio nem mesmo em mim
Minha vida é segura por um fio
Um fio que me levará de onde vim
Não sei nem mesmo que dia é hoje
Nem entendo o ‘’hoje’’ do dia
Tantos dias vivo no ontem
Pensando que o ‘’hoje’’ um ‘’ontem’’ seria
A confusão é uma parábola
Que a melancolia transforma em tormento
A ruga no olhar é uma velha sábia
Que nos revela que pelo hoje o passado é sedento.
Batalhamos pela felicidade sem ao menos entendê-la,
Quando a vivemos, nem ao menos sabemos,
Se penso sobre mim, me encontro em uma ladeira.
Pois os melhores dias são os que menos nos lembramos de nós mesmos.
Sou feliz ou triste? Ambos!
Faço de meus pensamentos combinações silábicas.
Eu choro ou sorrio? Vivo me saciando!
Na tristeza, vejo boas memórias tornarem-se lágrimas,
Na felicidade, vejo más memórias tornarem-se páginas.