Gladiador hodierno
Venho em nome da busca que não cessa,
Dos lamentos que, embora nunca ditos,
Dentro do peito são diários gritos.
Venho aplacar a dor da ira pregressa.
Venho na vagarosidade dos que têm pressa,
mas já não têm força para correr,
Dos que cansaram até de se esconder,
E agora precisam saber quando a vida começa.
Venho com a cabeça teimosamente erguida,
Iniciar mais um dia de pura perseverança,
Ciente dos descaminhos, quem procura sempre cansa,
Seja então um recomeço a cada batalha perdida.
Venho pelo temor inato e toda ameaça,
Criado na incerteza, coalhado de insegurança,
Aprendi da impermanência, reato com a esperança,
E sussurro ao mundo aprendizado: TUDO PASSA!