PETRÓPOLIS - NESTE MEU MODO DE SER

Neste meu modo de ser

Fico sempre a sofrer

Vendo as desgraças anunciadas

Vendo pessoas desabrigadas

Até quando vamos assistir

Pessoas morrendo e desaparecendo

Com a morte anunciadas

Quando não são mortes assassinadas

São mortes das obras desorganizadas

Mas, o que fazer se o pobre,

Não tem onde morar

Emprego está difícil para trabalhar

Assim o pobre é sempre o prejudicado

Para alguns o pobre parece não existir

Como fazer para tudo mudar

E as pessoas da comunidade terem onde morar

Morar com salubridade está difícil de achar

As pessoas das comunidades vão para as encostas

E fazem suas casinhas, para eles é um alivio,

Estão num pequeno espaço, mas, com teto,

Mas, a tristeza é o que encontram ao redor,

Encostas perigosas, valetas com ratos,

Ruas não tem nome, são pequenos espaços,

Lá em cima um perigo tem pedras que podem rolar

Pessoas ficam desassossegadas, pois, pouco tem ou nada,

Neste meu modo de ser em Petrópolis, ou seja, lá onde for,

Neste modo de ser e ver fico desanimada

Tem gente que está culpando o pobre que mora nas encostas

Veja só, se o pobre quer morrer,

O pobre quer viver ou sobreviver

Não resta mais fazer do que pedir a Deus para viver

Pois, alguns dirigentes só aparecem pomposo só quer aparecer,

A verdade é que tudo vai ser esquecido como foi no passado

Sempre em Petrópolis eu ia para comprar roupas para revender

Certo dia faz há mais de 20 anos estive em Petrópolis num temporal

Meus filhos, ainda, eram crianças fiquei com medo da chuvarada,

Minha amiga Celeste e a mãe dela me proibiram de voltar para o Rio

Então, ficamos e dormimos sossegados na casa da minha amada amiga,

Mas, já naquela época muitas casas, lojas e fábricas foram derrubadas,

Com a chuva não se pode brincar, faz tanto tempo e fico a pensar,

Já aconteceu em outro tempo a grande chuvarada em Petrópolis

E nada de resolverem o problema aparente e anunciado

Cada dor de uma pessoa que não conheço lágrimas fica nas faces a rolar

Pelo amor de Deus vamos acalentar essa população

O que resta a fazer para nós é o que estamos fazendo e colaborando com doação

Mas, o prefeito e os demais senhores dirigentes, podem recomeçar a cidade,

Com moradias dignas para amenizar a situação

O povo não esquece, mas, o povo fica atordoado,

Sempre acreditando e recebendo nada do legado

O povo merece atenção com recurso e acalento,

No meu modo de ver e ser vamos dar um pulo para o movimento

Antes que venha mais chuva e mais morte aconteça

Vamos acordar com o maravilhoso Brasil antes que pereça.

Gracinda Rodrigues Cordeiro,

Gracinda Rodrigues
Enviado por Gracinda Rodrigues em 18/02/2022
Código do texto: T7455316
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