Plantei Rosas. Colho Rosas.

Plantei Rosas. Colho Rosas.

Delasnieve Daspet

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Tijolo a tijolo podemos construir

A morada ou a prisão,

Dependendo de nossas escolhas.

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Para viver o amor

Precisamos observar como atuar,

Pois os caminhos não são fáceis.

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Embora guarde no olhar os sonhos

E desejos ainda nascituros,

Sempre soube que minha primavera

Não seria eterna,

E que um dia seguiria o inverno.

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E meu inverno se aproxima.

Trouxe de minhas andanças

Longas noites de espera,

Penas de todas as eras!

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Não que quisesse facilidades.

Uma vida pela metade,

Já que se morre pelo menos uma vez

Todos os dias.

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Deixo o que não sou.

As idéias que não são minhas.

Meus medos. Minhas dores.

Minha solidão.

Deixo a palavra não dita

No silêncio que açoita.

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Grito minhas verdades.

Escrevo meus sentimentos.

Já não me oculto.

Plantei rosas. Colho rosas.

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Mas já plantei amarguras e colhi saudades.

E doce a boca que beija

No final da primavera!

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Aprendi que na caminhada

Não estamos sozinhos.

Há uma ordem celestial

Guiando nossos passos.

Olhando-os, meus amigos, enxergo estrelas,

Nas orvalhadas madrugadas de

Nossos corações.

12-09-02 - 13,00 hs -Campo Grande MS