Trotes da vida

Fortuita ligou-me bem cedo,

Outra vez um trote da vida,

Dizendo sobre a caminhada,

Que afirmou estar vencida.

Ligou mais tarde um tal artista,

Por igual de forma imprevista,

Dizendo-me o extravagante,

- Sem ponto e sem virgula,

Que em sonho aloucado,

Namorava a Mona Lisa.

Por fim uma última chamada,

Essa sim já bem prevista;

A morte desinteressada,

Desmarcando a entrevista.

Segui por este vivendo,

Este tal que lhe comunica,

Atendendo os chamados,

Tais tantos trotes da vida.

E mesmo que eu as recuse,

Tais chamadas imprevistas,

No fim há sempre um contato,

Este que sempre me visita;

Com sorriso inebriante,

E uma espada cristalina,

Esse que não é morte,

Mas que também não é vida,

Mais que sonho e fantasia;

É a esperança que cresce,

É vontade que impregna,

É insistência severa,

É mais um trote da vida.

Dmitry Adramalech
Enviado por Dmitry Adramalech em 11/03/2022
Reeditado em 11/03/2022
Código do texto: T7470674
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