Há esperança

É como se a vida quisesse pulsar em mim,

Mas como que com pregos presos ao peito

Asfixiando a vontade, a coragem e o amor,

Eu me perdesse

De novo, de novo e outra vez.

Eu me matasse,

Destruindo qualquer vestígio de algo

Que tenha sido semeado em mim.

Pouco a pouco,

Passo a não reconhecer o que me restou.

A fragilidade toma conta

De forma que o que um dia foi chamado força

Hoje é chamado mentira, ilusão...

Sou desfeita em meia ao caos

E me paraliso diante do mais perfeito destino

Que um ser pode encontrar.

Mas o Rei não deixa nada passar.

Ele levou consigo toda dor

E, com os braços abertos,

Quer me fazer enxergar,

Quer me levar para o lar,

Quer me fazer sua menina,

Quer me amar.

Lais Mesquita
Enviado por Lais Mesquita em 14/03/2022
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